domingo, 7 de outubro de 2012

Capitulo 38

Saímos do Carro e o empregado do local do Evento já nos esperava à entrada da passadeira vermelha. 
Ainda dentro do carro o pânico invadiu-me.

- Pensei que fosse um evento formal, de beneficência  nunca pensei que fosse este aparato todo! - disse com cara de assustada.

- Age Naturalmente - disse rindo-se. - o exterior não tem nada a ver com o interior. É um dos eventos mais importantes para a nossa equipa. Está associado o nome do nosso principal patrocinador, uma empresa estrangeira que só vem a Portugal uma ou duas vezes ao ano e uma dessas ocasiões é para este evento, por isso, para a comunicação social uma fotografia dos donos da empresa é um achado! - disse acalmando-me.

- Vamos saír? - convidou

- Só sorri e age naturalmente, lá dentro é outro mundo - concluíu

- SIm, vamos, além do mais o empregado já deve de estar farto de nos esperar - gargalhei

Ele Saiu do carro e, cavalheiro como ele era, contornou o carro e abriu-me a porta, ajudando-me na saída. Num clima animado e de muitos sorrisos, deu as chaves ao empregado do espaço que do estacionamento do carro se ocupasse, oferecendo-me de seguida o seu braço, não neguei. Estava grata por ter sido ele a acompanhar-me, acho que sozinha não teria coragem para encarar aqueles fotógrafos.
Já ia-mos a caminho quando paro.

-Então? que se passa? - perguntou-me

- E se esperássemos pelo Diego e pela Amanda? - sugeri

- Como queiras... Eles já devem estar quase a chegar 

Enquanto os esperávamos conheci o melhor, era fantástico, era o ideal para esquecer o Rodrigo, mas a minha educação não me permitia utilizar uma pessoa para esquecer outra, não era ético, mas não tentaria evitar no futuro alguma coisa, ia deixar que as coisas fluíssem naturalmente.

Passado uns minutos, a Amanda chegou com o Diego que fez a mesma cortesia de cavalheiro ao mesmo tempo que dava a chave do carro ao mesmo empregado para que realizasse a mesma função. Chegaram ao nosso encontro num ar cúmplice, estava a desconfiar de alguma coisa, porque saíram ao mesmo tempo que nós e demoraram uns largos minutos a chegarem, mas não iria abordar o assunto ali, esperaria entrar e estar a sós com ela para lhe perguntar.

- Então estavam à nossa espera? - Perguntou Diego

- Sim estávamos, vamos entrar? - sugeri

- Vamos sim...

Eu e o Gonçalo fomos na frente, um ''formigueiro'' invadiu o meu estômago. 

- Gonçalo, Gonçalo - ouvimos chamar

- Podiam pousar para uma foto, por favor? pediu um jornalista

- Queres? - Olhou-me e eu acenei com a cabeça.

Juliana Paes e o marido conferem espetáculo Hiperativo - Ag.News
Pose para a foto

O mesmo fizeram a Amanda e o Diego, assim que saímos da zona dos fotógrafos, a um metro apenas as nossas gargalhadas certamente ouviam-se a kilómetros de distância. O motivo era a minha expressão de pânico, constrangimento e de vergonha, tudo misturado.

Aquilo era lindo, a passadeira vermelha não era somente na porta, mas sim em todo o percurso que nos levava desde a entrada do recinto até ao interior onde o jantar se iria realizar.

Foto da passadeira vermelha que nos levava ao interior da sala de jantar.

Era um sonho, sentia me uma estrela. A minha mãe era uma pessoa importante no Brasil, mas eu nunca liguei para os seus jantares e festas que estavam relacionados com o seu trabalho, por isso, para mim aquilo era novo. Por fim chegamos à sala de Jantar, fiquei sem reacção  além das estrelas do futebol que eu costumava assistir na televisão, como o Eusébio, grandes estrelas do passado benfiquista até ao grande Rui Costa, mas aquela sala estava soberba.

 
Sala de Jantar.

A nossa entrada não foi de todo discreta. O Gonçalo não pode evitar os olhares e risadas dos colegas de equipa que estavam concentrados no centro da sala, onde fomos ao seu encontro.


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