segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Capitulo 47

Alô Galera, cheguei do meu rico país Brasil com muitas saudades vossas e aqui estou eu com mais um capítulo.

Demorei aproximadamente 40 minutos em chegar a casa e quando olhei para o telemóvel para ver as horas e notei que a Camila me tinha tentado telefonar, mas quando enviei a mensagem ao meu vizinho taxista, retirei o som ao telefone para que nada nem ninguém me pudesse atrapalhar os planos. Já era tarde e não iria incomodá-la.

Cheguei a casa e o meu relógio já marcava a 1.40 da madrugada, agradeci ao meu vizinho e paguei (muito bem pago!)pelo serviço prestado. Era outra pessoa, sentia-me aliviada, mas não iria negar que me sentia desiludida, pelo menos, o positivo da história é que terminava antes de estar completamente iludida.

Gonçalo Alves era um nome que tinha esquecido e naquele momento e nos próximos tempos a minha vida rondava apenas numa palavra ''cardiologia''.

A Amanda ainda estava acordada, certamente curiosa para saber detalhes da minha conversa com aquele sujeito repugnante.

- Ainda acordada? - disse enquanto fechava a porta e lhe cumprimentava com um beijo na testa.

- Claro! - primeiro convidaste-me para dormir contigo não para dormir sozinha e depois como achas que iria conseguir dormir morrendo de curiosidade? - riu - vens como uma cara totalmente nova é porque a conversa correu bem...

- Nem imaginas... - não pude conter-me e gargalhei

Contei-lhe o meu esquema todo antes de passar aos detalhes da praia, nesse instante ela entendeu o porquê de eu sair naqueles ''preparos'''para a rua, em circunstâncias normais nunca o faria.

Continuei com os detalhes mais insólitos e rimos como de uma anedota se tratasse. No fim  tinha de admitir que tive pena dele, mas ele também me fez sofrer e nenhum sentimento teve.

Já a sua conversa com o Diego tinha corrido ás mil maravilhas, fiquei feliz por ela, merecia-o, como já tinha chegado à conclusão, ele era diferente. Era um presente de Deus pela boa pessoa que é e pelas pessoas que ajudou sem pensar nela.

Já vinha com este pensamento há algum tempo, mas ainda não tinha comentado nada, porque queria falar primeiro com a Camila. Estava e sentía-me sozinha naquela casa que me tinha deixado a minha avó após falecer, as contas eram pagas pelos meus pais e como a Amanda não tinha grandes posses era mais esse dinheiro que poupava mudando-se para a minha casa, mas tudo dependia da opinião da Camila, o quarto continuava a ser dela.

Com aquela conversa toda, as quatro da madrugada badalava no relógio da sala.

- Meu Deus! Olha-me para estas horas! - disse desesperada.

- Daqui a pouco mais de três horas já temos de estar levantadas - ainda foi sarcástica

Rimos e demos as mãos em direcção ao quarto. Ela deitou-se na minha enorme cama de casal enquanto eu vestia o pijama e juntei-me a ela.

pijama da Leire

Dormimos abraçadas. Precisava daquilo, de sentir-me segura e a Amanda era como minha mãe, preocupava-se comigo, dava-me segurança e ânimo para ultrapassar obstáculos como os das últimas horas.

Foi pontual o despertador, estava morta de cansaço, mas a Amanda animou-me a levantar enquanto ela preparava o pequeno almoço. Fui tomar um duche e vesti-me, ainda não estava tudo preparado, então revertemos os papéis, ela foi tomar banho enquanto eu terminava o que ela tinha começado.

<- Roupa da Amanda / Roupa da Leire ->

Só tinha no pensamento aquela gente a olhar e a querer meter-se na minha vida,  com a Amanda era diferente, era umas das pessoas mais populares e eu? Era uma anónima (não bem uma anónima porque as minhas curvas não passaram desapercebidas), não tinha feito grandes amizades e de um momento para o outro estava na boca do povo e não gostava nada disso, nada disso!

- No que é que tanto penas? - Perguntou-me a Amanda

- No que me espera na Universidade - respondi

- Acho que estas a sofrer por antecipação, já notaste que é uma universidade diferente, não houve praxes nem vai haver conversas sobre o assunto, quem vai para lá está focado na carreira, em nada mais.

No fundo era capaz de ter capaz de ter razão, estaria a sofrer sem motivo.

- Tens razão, vou relaxar e o que tiver que ser, será - respondi confiante.

- Essa é que é a atitude - insinuou

Sentamos a tomar o pequeno-almoço com ar cansado, milagre que o corrector de olheiras fez, mas o corpo fazia sentir-se.

Em meia-hora estávamos a caminho da universidade. Chegando lá e aquele ''bicho de sete cabeças'' não tinha nada a ver, houve olhares e cochichos mas nada do outro mundo, sendo assim seria menos uma preocupação para mim e as minhas atenções viraram-se única e exclusivamente para a minha paixão - cardiologia.

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